
Ficará numa cúpula com 40 metros de altura, no topo do Cerro Pachón, no Norte do Chile (Andes) num lugar 2682 metros acima do nível do mar e é um telescópio que altera a forma actual de observar o universo. Bill Gates, o multimilionário fundador da Microsoft, visitou o projecto na Universidade do Arizona e, conquistado pelas capacidades deste aparelho pioneiro, doou de imediato dez milhões de dólares (cerca de 6,76 milhões de euros) para ajudar o seu desenvolvimento.
Concebido por uma equipa de 50 astrónomos de 23 universidades dos Estados Unidos, o megatelescópio, baptizado com o nome de LSST (iniciais de Large Synoptic Survey Project), permite, através de três lentes refractárias e um espelho gigante de 8,4 metros de diâmetro, obter um panorama detalhado de todo o universo visível, algo nunca antes conseguido, e integra um plano onde entra a Microsoft (já sem Bill Gates) que contempla a possibilidade de tornar cada utilizador da Internet num explorador do espaço. Para desenvolver o plano, a empresa de software vai investir 30 milhões de dólares (20,3 milhões de euros), num total que ultrapassa os 260 milhões.
O LSST começará a olhar o universo a partir de 2013 e a sua câmara de três mil megapíxeis é o maior instrumento digital jamais desenhado. A potência da câmara, somada à das lentes, permitirá ao telescópio investigar fragmentos de matéria obscura que constitui cerca de 90% da totalidade da matéria existente no universo. Permite ainda traçar um mapa tridimensional da Via Láctea, investigar o Cinturão de Kuiper - conjunto de corpos celestes que giram na órbita do Sol e fará o rastreio dos asteróides próximos da terra.
Durante a apresentação do projecto, à qual assistiu Bill Gates, um dos investigadores assegurou que o LSST irá acumular, a cada noite, 30 terabytes (3o mil gigabytes) de informação gráfica e em dez anos estarão registadas 200 mil imagens, o suficiente para traçar a órbita de 90% dos objectos potencialmente perigosos.
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