sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Bill Gates patrocina telescópio gigante


Ficará numa cúpula com 40 metros de altura, no topo do Cerro Pachón, no Norte do Chile (Andes) num lugar 2682 metros acima do nível do mar e é um telescópio que altera a forma actual de observar o universo. Bill Gates, o multimilionário fundador da Microsoft, visitou o projecto na Universidade do Arizona e, conquistado pelas capacidades deste aparelho pioneiro, doou de imediato dez milhões de dólares (cerca de 6,76 milhões de euros) para ajudar o seu desenvolvimento.

Concebido por uma equipa de 50 astrónomos de 23 universidades dos Estados Unidos, o megatelescópio, baptizado com o nome de LSST (iniciais de Large Synoptic Survey Project), permite, através de três lentes refractárias e um espelho gigante de 8,4 metros de diâmetro, obter um panorama detalhado de todo o universo visível, algo nunca antes conseguido, e integra um plano onde entra a Microsoft (já sem Bill Gates) que contempla a possibilidade de tornar cada utilizador da Internet num explorador do espaço. Para desenvolver o plano, a empresa de software vai investir 30 milhões de dólares (20,3 milhões de euros), num total que ultrapassa os 260 milhões.

O LSST começará a olhar o universo a partir de 2013 e a sua câmara de três mil megapíxeis é o maior instrumento digital jamais desenhado. A potência da câmara, somada à das lentes, permitirá ao telescópio investigar fragmentos de matéria obscura que constitui cerca de 90% da totalidade da matéria existente no universo. Permite ainda traçar um mapa tridimensional da Via Láctea, investigar o Cinturão de Kuiper - conjunto de corpos celestes que giram na órbita do Sol e fará o rastreio dos asteróides próximos da terra.

Durante a apresentação do projecto, à qual assistiu Bill Gates, um dos investigadores assegurou que o LSST irá acumular, a cada noite, 30 terabytes (3o mil gigabytes) de informação gráfica e em dez anos estarão registadas 200 mil imagens, o suficiente para traçar a órbita de 90% dos objectos potencialmente perigosos.

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