quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

'Atlantis' pronto para levar laboratório para o espaço




O vaivém Atlantis parece estar finalmente pronto para avançar nu-ma missão de 11 dias para instalar o laboratório europeu Columbus na Estação Espacial Internacional. Depois de um problema técnico no vaivém que levou ao adiamento da missão várias vezes desde o passado dia 6 de Dezembro, o lançamento do Atlantis está previsto para amanhã às 19.45, hora de Lisboa, no centro espacial Kennedy da NASA, na Florida. A bordo irá tecnologia portuguesa concebida pela Efacec.Até agora, apenas as grandes potências espaciais, Estados Unidos e Rússia, possuíam laboratório na estação orbital. O Columbus representa o principal contributo da Agência Espacial Europeia para a Estação Espacial Internacional (ISS - International Space Station) e é por isso uma etapa fundamental para o desenvolvimento da investigação espacial na Europa. O Columbus consiste num módulo cilíndrico pressurizado com sete metros de comprimento, 4,5 metros de largura e 10,3 toneladas de massa. Para a sua montagem, no exterior da ISS, estão programados três passeios espaciais. Os dois primeiros vão assegurar a ligação do Columbus ao módulo Harmony onde será mais tarde anexado o laboratório japonês Kibo. No terceiro passeio serão instaladas duas plataformas científicas externas: uma de origem portuguesa, o EuTEF, que vai registar a temperatura; a outra é um observatório solar.MicrogravidadeO laboratório, desenvolvido na Alemanha por um consórcio de 17 países, em que se inclui Portugal, que compõem a Agência Espacial Europeia constitui um posto avançado em órbita vocacionado para experiências em microgravidade vistas como um passo fundamental para preparar a exploração do espaço com tripulação de longa duração. O Columbus deverá funcionar por dez anos, período durante o qual investigadores em terra vão colaborar com os tripulantes da ISS para realizarem em conjunto milhares de experiências em biotecnologia, ciência de materiais, física de fluidos e outras áreas. As experiências vão ser conduzidas em condições de imponderabilidade, com ajuda dos sete aparelhos a bordo do laboratório, dos quais cinco no interior e dois no exterior. No Columbus podem trabalhar até três astronautas em simultâneo que serão controlados a partir de Munique, na Alemanha, que é o país que mais contribuiu para o laboratório com uma fatia de 41% dos custos, seguida da Itália (23%) e da França (18%).Com um orçamento de 1,3 mil milhões de euros, este projecto da investigação espacial europeia começou a ser construído em 1992 , já com uma década de atraso uma vez que esteve inicialmente previsto para 1982. O seu lançamento também sofreu vários atrasos, designadamente os decorrentes do desastre do vaivém Columbia em 2003, que provocou a morte de todos os tripulantes e atrasou as missões tripuladas futuras. A missão de amanhã será tripulada por sete astronautas, dos quais um alemão e um francês.Com LUSA

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